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Relíquias Rabiscadas

~ O valor é relativo.

Relíquias Rabiscadas

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Guria

18 terça-feira set 2012

Posted by douglasthayna in Prosa

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Dois, Urbano

Noite quente na cidade. O ônibus amarelo com destino ao Uberaba sacolejava, roncando. E eu com os fones de ouvido metido nas orelhas, escutando Jet, are you gonna be my girl. Até que se sentou ao meu lado. Cabelos, óculos, mochila, unhas e o “Daddy’s girl” tatuado no braço – todos pretos, como o céu mormacento que fazia lá fora. Tinha cara de Letícia. A blusa multicolorida que ela mesma enfeitou, com uma estampa psicodélica e um decote recortado em casa, que deixava entrever as alças do sutiã, também preto. Abriu uma edição meio velha d’A Convidada, de Simone de Beauvoir, cujas páginas eram marcadas com uma fotografia desbotada de quando ela era criança. Senti o cheiro bom e desconhecido que emanava dela e das palavras, e foi aí que reparei que ela fazia letras na federal (finalmente a greve terminara) e tinha uma aliança prateada no dedo anular da mão direita. – Você pode abrir a janela mais um pouco, por favor? Claro que eu podia. Tristemente, eu podia. Abri a janela, no que ela deu uma folheada no livro. Na primeira página, “Renata, 2005”. Ela não era Letícia. E eu desci no ponto seguinte, pedindo licença para passar e vislumbrando a fênix desenhada em suas costas. Is she gonna be my girl? Não.

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Si yo a ti mintiera

11 terça-feira set 2012

Posted by douglasthayna in Verso

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Dois, Español

aunque yo estuviera en otras tierras
viéndote prendida en tu hogar
y tu voz no lograra romper el océano
telepáticamente estarías conmigo

no me placería mentir
reconocerías la falta de verdad al primer contacto
me cairía de rodillas
y te vería marchar con una lágrima negra
en la esquina de tu ojo izquierdo

después, en un futuro que se nos mostraría muy rápido
pocas vueltas en el reloj
atrapándole todos los recuerdos
lo único que restaría
sería la memoria de dos espectros que anduvieron a solas

buscando besos
ofrecendo abrazos
y la mentira que te hubiera contado
a torturarme por los siglos que no tienen fín

Cadência

05 domingo ago 2012

Posted by douglasthayna in Prosa

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Dois, Música

Quero compor um samba pra você. Um samba carioca, paulista, paranaense. Misturar sons numa rapsódia bem brasileira, porque o céu de casa sempre tem mais estrelas. Um partido-alto seguido do ritmo forte do samba corrido pra depois tudo ficar calmo outra vez, virando um choro de roda lento, e o muito, muito que te quero. E depois dormir, só ouvindo a tua respiração compassada e o som da flauta diminuindo, diminuindo…

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